Hasta Cuando - O Leão e a Prostituta

Gritos, sangue, vidas que escoem
No ralo da discórdia
Propriedades divididas
Entre os poderes paralelos
Demo-kratos de nada valerá

Na cova dos leões
Não irá adiantar o clamor de Daniel
Nem muito menos
Nos salvará da grande meretriz
Sentada no leão capital

(As vozes já começaram a se calar
O Levante se desmancha)

Levantes esquerdistas
de uma esquerda inexistente
Levantes direitistas
entre os novos arautos do poder

Sociedade de massa
Alienada nas telas da ilusão à cores
Encoberta em sua vacuidade moral
Que esconde as lacunas
(Deixadas pelas traças)
As agulhas do capital

(começaram a cozer sobre os cadáveres vivos
das necrópoles existenciais)

ao neoliberalismo desigual
RESISTÊNCIA!

contra o apego material
RESISTÊNCIA!

contra o poder do capital
RESISTÊNCIA!

não se render ao mundo "liberal"
RESISTÊNCIA!